quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tangram

Diz uma lenda, que um monge (ou um imperador...) chinês, quebrou um espelho. Ao tentar remontá-lo, começou a perceber que as 7 peças (os tans) que ficaram poderiam ser remontadas de infinitas formas, criando inúmeras figuras.
Essa é a essência do Tangram: um quadrado, decomposto em sete figuras geométricas, cinco triângulos, um quadrado e um paralelogramo , com as quais é possível montar-se um número quase infinito de figuras. Em chinês, o Tangram é conhecido como Ch i ch iao tu, ou as "Sete Pecas Inteligentes".
O Tangram não possui uma "solução": são inúmeras as figuras que podem com ele ser formadas, no que, a meu ver, residiria seu grande atrativo.
Na verdade não se sabe qual a verdadeira origem do Tangram. Para alguns, o jogo seria milenar. Outros afirmam que teria pouco mais de 200 anos. Existe uma figura em madeira, mostrando duas senhoras chinesas resolvendo problemas de Tangram, datado de 1780. Existe mesmo uma enciclopédia do Tangram, escrita por uma mulher, na China, há mais de 100 anos, em seis volumes com 1700 problemas de Tangram.
O Tangram não exige de seu praticante qualquer esforço ou habilidade especial: exige tão somente tempo, paciência e especialmente imaginação...
A única regra do jogo é que as figuras formadas devem conter sempre as 7 peças do jogo. Sua maleabilidade atraiu diversos pensadores e escritores (pessoas obviamente de imaginação aguçada), entre eles Lewis Carol (autor de "Alice no país das maravilhas") e Edgar Alan Poe, sendo que este último chegou a adquirir um estojo chinês do jogo, em marfim esculpido.
Eu tenho um conjunto em madeira com a caixa marchetada, comprado em uma loja de brinquedos infantis. Infelizmente, porém, o conjunto não traz o nome do fabricante.
O fato de mexer com a imaginação, faz do Tangram um excelente jogo infantil e educacional, especialmente se pudermos fazer a criança criar o seu próprio jogo. Para tanto, basta um quadrado de cartolina, de 15cm de lado, cortado na forma indicada na figura abaixo.
Depois, mão a obra: vamos utilizar a imaginação.

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